Viagem à Régua
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O clima, a riqueza do seu solo e a sua localização privilegiada, para o que o rio Douro contribuiu e continua a contribuir, atraíram e fixaram os povos. De acordo com os registros históricos, já na altura do nascimento de Portugal se cultivava o vinho nestas terras.
Mas foi a criação da Companhia das Vinhas do Alto Douro, decretada pelo Marques de Pombal, que despoletou seu desenvolvimento definitivo, em
meados do século XVIII.
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Começaram então a instalar-se na Régua armazéns, estabelecimentos comerciais, estalagens e habitações e instituiu-se a Feira dos Vinhos, que se realizava anualmente, e trazia até aqui visitantes das mais diversas zonas do país.
O ritmo comercial impulsionou o crescimento económico e projetou cada vez mais o nome e a riqueza desta cidade, que começou a ganhar população e a afirmar-se como um lugar cheio de potencialidades e de encantos naturais.O vinho esteve desde sempre associado a sua riqueza e levou o seu nome para fora das nossas fronteiras. Ainda hoje é assim.
Á medida que foi crescendo, ao ritmo do trabalho e da força dos homens, a Régua ganhou o estatuto de Capital do Douro, que ainda hoje lhe é reconhecido.
O rio, que rasga as montanhas agrestes do Alto Douro e vem repousar, em beleza, aos pés desta cidade para seguir depois até à Foz, no Porto, continua a ser um ex-libris e uma riqueza inigualável.
Deste rio, existe também a memória dos barcos rabelos, imaginados e construídos para enfrentar ameaças de uma natureza imprevisível e levar até Vila Nova de Gaia os tonéis de Vinho do Porto.
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A linha do Douro, considerada um dos mais belos e surpreendentes itinerários ferroviários do país, foi desde sempre uma mais-valia para o desenvolvimento da nossa cidade.
A festa das Vindimas é um dos maiores acontecimentos no Peso da Régua.
É uma verdadeira homenagem ao trabalho, um elogio à força dos homens e um hino às dávidas da terra. Todos os anos a tradição se cumpre e, pelas quintas da Régua, a alegria marca o passo durante quase um mês, enquanto se apanham uvas e se mete mãos à obra para fazer jorrar os vinhos que levam bem longe o nome da nossa cidade.
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Acabada a vindima, a Régua prossegue no seu ritmo normal, emoldurada por uma paisagem monumental e por um rio que foi, desde sempre, um trampolim para o desenvolvimento.
Mais do que um portão do Douro, que se abre para além dos limites do olhar, a Régua é uma cidade voltada para o futuro, a crescer ao compasso do mundo moderno. (In Villa Regula)
2 Comentários:
deu-te um ataque de ternura nas raizes?
falta aqui o entalhe principal que torna a Régua única no mundo.... A ponte do Treco Treco,:)
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